segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Melancholy

"I'm still willing to continue living with the burden of this memory. Even though this is a painful memory, even though this memory makes my heart ache. Sometimes I almost want to ask God to let me forget this memory. But as long as I try to be strong and not run away, doing my best, there will finally be someday... There will finally be someday I can overcome this painful memory. I believe I can."

Toda despedida é triste. Dizer "adeus" a alguém, a uma situação a um lugar... Sempre foi difícil. Com o passar dos anos, eu me despedi várias vezes. De pessoas que me faziam bem, que eram as mais importantes para mim. Por mais que a dor daquele momento seja dura... E que não se possa segurar as lágrimas... Isso te fará forte.

A dor que você sente agora é momentânea. Por mais que hoje, pareça o fim do mundo. Você irá se encontrar novamente e seguirá em frente. Like the great bird you know you are... E encontrará novamente felicidade nas menores coisas, nos menores momentos. Se tornará alguém melhor, mais forte e completamente novo.

Eu me despedi de pessoas e me livrei do passado, para me tornar livre. Pra achar quem eu realmente sou. E perseguir minha própria felicidade. E, um dia, eu poderei olhar para trás e abraçar carinhosamente minhas memórias, principalmente as ruins que hoje prefiro esquecer.

domingo, 6 de outubro de 2013

A garota sem sentimentos -parte 3

Eu sempre tive as coisas pela metade... Meios-pais, meios-irmãos, meios-brinquedos, meios-amigos e um meio namorado. Eu queria poder ter algo inteiro. E eu pensei que você pudesse ser esse algo.

Eu era tratada assim, só meio-bem. O fato de sempre demonstrar essa face forte, essa muralha que parece proteger contra qualquer dano... A garota sem sentimentos. Enquanto isso, todos aqueles que se fazem de coitados podem ganhar toda a atenção de que precisam. Quanto a mim, me tornei um vaso ruim... Daqueles de que não se precisa tomar cuidado porque ele não quebra fácil. Mesmo aqueles que me vem com esse papo de "amor" me tratam assim.

Não se enganem. Eu gosto de como sou. Eu tenho orgulho de ser assim. Mas por que eu devo ser tratada assim... Por ser quem eu sou? Eu sempre me contentei com o mínimo que me davam. Por que pedir  um pouco mais uma vez é um pecado tão grande?

A garota sem sentimentos continua a chorar todas as noites, escondida de tudo e de todos.

terça-feira, 20 de março de 2012

A garota sem sentimentos - Parte 2

Uma rotina imutável. De manhã, ela saia para tomar café perto de onde trabalhava.Durante o almoço, comia da marmita que levava todos os dias, sozinha no seu escritório. Após o serviço, seguia caminho de casa, desviando apenas para comprar comida na mercearia que ficava na rua onde morava.

Ela não possuia família. Todos os seus familiares próximos há muito já se foram. Vivia sozinha em seu apartamento de um quarto. Não tinha amigos.

Quando nova, ela havia aprendido a não se envolver profundamente com os outros. Ela sabia que se colocasse seus verdadeiros sentimentos à mostra, as pessoas teriam nojo, a julgaria e se afastariam. Assim ela criou para si mesma uma máscara. Ela impôs a si mesmo uma doutrina de sorrisos. Talvez assim... Se não mostrasse aqueles sentimentos obscuros que a artomentavam... Ela cativasse alguém.

Por algum motivo, isso não aconteceu. Ela não possuia nenhum amigo íntimo. Eram muitos os que parecessem simpatizar com ela, contudo ninguém nunca se aproximou. Todos a ludibriavam, por ela pertencer a um mundo diferente do dele. "Ela está sempre sorrindo. Não tem nenhum problema. Não se deve aproximar de alguém assim, senão será sulcado por essa euforia débil."

Todos a rejeitavam... Mesmo que não aparente, eles a reijeitaram. Ela só procurava a verdadeira felicidade. Uma felicidade genuína... Ela buscava alguém que não sentisse nojo. Alguém que não a julgasse, que não se afastasse.

Alguém?

sábado, 7 de janeiro de 2012

O menino e o pássaro.



Havia um belo pássaro. Com suas plumas e penas negras, voava com muito orgulho pelo claro céu. Era um ser de espírito livre, sofria de desapego. Olhava apenas para frente, e não se arrependia de nada. Talvez por isso... Fosse tão sozinho. Claro... Sozinho não so pássarignifica solitário. O orgulho do fazia com que se tornasse até esnobe. Os outros pássaros se intimidavam com a determinação que o pomposo pássaro negro possuía. E procuravam não se aproximar.

Mesmo assim, ele não era afetado por esse isolamento. Era mais fácil para ele. Ele não gostava de se envolver com os outros. Pobre dele... Nem conseguia perceber o abismo que se formava dentro de seu próprio coração.

Durante um de seus costumeiros voos por uma mata, um garotinho o observava de longe. Ele se admirava com todo esplendor que o pássaro exercia ao voar. Tinha um quê melódico. Era como se ele tocasse notas, melodias com o seu planar. O pássaro, tão empenhado, não percebeu a presença do humano vislumbrado. Logo, ele se cansou e decidiu pousar em uma árvore próxima. Próxima do garoto. O pássaro corria seus miúdos olhos pela floresta. Ao olhar para baixo, viu o menino que o encarava, maravilhado. O pássaro, indiferente, desviou o olhar de seu admirador. 

- Olá. - disse o menino de repente. 

O pássaro, curioso, procurou saber com quem o menino estava falando. Mas o menino não havia se movido. Continua a encarar o pássaro, sorrindo. Este voou até um galho mais baixo, para poder enxergar mais de perto o menino que parecia tentar conversar com ele. 

- Você é de uma beleza magnífica. Como pode um ser voar com tanta leveza...

Se pudesse sorrir, teria sorrido. Não era a primeira vez que ouvia elogios sobre seu voo. Mas vindo de um ser humano fazia muita diferença... Esses seres que já não se mostravam encantados com nada, que não pareciam ver beleza em mais nada. Principalmente vindo da natureza. Parece que esse menino não fora contagiado pela repugnância que assolava a raça humana.

Ainda assim, virou-se para partir. Deixar para trás o menino, como qualquer outro que tenha cruzado seu caminho. Quando já havia aberto suas asas, e estava pegando impulso para voar, o menino fala outra vez:

- Você está solitário, não?

Aquilo havia atingido o grande orgulho do pássaro. Solidão era um sentimento que ele não conhecia. Se precisasse, haveria muitos que estariam esperando para ajudar o pássaro. Ele apenas prefira estar sozinho. Mas que já cativara muitos, tinha certeza que sim. Virou-se novamente para o menino como se pedisse explicações.

- Sua dança pelos ares... Me passou um quê de tristeza. Eu senti que você punha a solidão em seus movimentos, tudo o que você esconde em seu coração.

O pássaro voou em volta do menino, com um bater de asas acelerado. Como se dissesse que o menino estava errado. Não se sente solitário. Ao contrário, era um ser muito feliz.

- Isso é apenas uma máscara. Você não quer mostrar seus verdadeiros sentimentos para que ninguém se aproveite das suas fraquezas.

O pássaro balançou levemente a cabeça, como se estivesse pensando seriamente no assunto. O menino sorriu e disse:

- Eu entendo. Eu me sinto assim também... - O menino hesitou a falar. - Eu tenho que ir. Será que eu poderei vê-lo de novo? Posso te ver voando novamente?

O pássaro abriu as asas e as balançou levemente, como se dissesse "sim". O menino sorriu novamente e disse:

- Amanhã, sim? - saiu assim, andando.

Havia um sentimento estranho dentro do pássaro. Ele queria ouvir mais o garoto. Decidiu então cumprir sua promessa de estar lá no dia seguinte. No mesmo horário, o pássaro sobrevoou a mata e desceu para o lugar onde se encontrava o menino, sentado no chão. O pássaro arriscou-se a pousar no chão, em frente e próximo ao menino. Este sorriu e estendeu sua pequena mão para acariciar a cabeça da ave. O pássaro se espantou com a ousadia do menino em lhe tocar, e com o fato dele mesmo ter permitido.

Esse garoto era diferente de qualquer um que nele tinha conhecido. Ele pareceu sincero... E, pela primeira vez, o pássaro percebeu a realidade que guardava tão bem dentro de si. Ele se sentia solitário. Não havia em quem confiasse no mundo. E o abismo começara a o engolir. O menino percebeu o olhar triste do pássaro.

- Não se preocupe. Eu estou aqui. Eu não irei te deixar. Você não está mais sozinho.

Assim, como a solidão que o invadiu, ele sentiu pela primeira vez a felicidade genuína. Queria agradecer o menino por todo apoio que pôde dar com seus poucos gestos e palavras. Levantou voo, e voou como nunca tinha voado antes. Iria mostrar toda sua gratidão agora. Colocaria sua felicidade em sua dança, apenas para fazer seu amigo sorrir. E conseguiu. O garoto ficou mais maravilhado do que no dia anterior. Sorriu como nunca.

E dias assim foram se repetindo. Um no outro... Eles acharam um lar. Um refúgio. Eles confiavam um no outro. Mesmo que não pudessem se comunicar diretamente, eles estavam conectados. Era como se utilizassem de telepatia para se comunicar. O silêncio os confortava.

Um dia, o pássaro foi até o local onde ele se encontravam todos os dias. Curiosamente,o menino não se encontrava lá.Sempre chegava com antecedência para receber o pássaro. Mas hoje... O pássaro não se deixou assustar. Pousou no galho da árvore e esperou por seu companheiro. E as horas passaram, e passaram. Quando a noite já havia chegado, o pássaro decidiu ir embora, sabendo que o menino já não apareceria mais naquele dia.

No dia seguinte, ele volta ao mesmo local e ao mesmo horário de sempre. E novamente o menino não estava lá. Esperou pacientemente pelo menino. E novamente ele não apareceu. E os dias foram passando... E ele continuava esperar por seu amigo. Já nem saía de lá. Passava dias e noites, apenas esperando.

Mas o menino não voltava, ele não aparecia mais. O pássaro adoeceu de tristeza. A vida havia lhe tirado a única coisa em que ele se apegou. Ele não precisava nem mais do apego a própria vida.

(15-12-2011)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Quando a Neve Derrete ~~ {2 anos}

Meu Deus, meu Deus, meu Deus! Eu esqueci completamente. Eu lembrei por causa do comentário no outro post. Mesmo atrasado, hoje é dia de todos nós desejarmos parabéns ao Quando A Neve Derrete. Isso mesmo, pessoal! No dia 24 desse mês, meu querido blog fez dois aninhos de vida.

Eu nunca esperaria que conseguiria mantê-lo por mais de um ano. Eu sei que esse ano não postei tanta coisa quanto no ano passado, mas peço desculpas. Em nenhum momento, eu esqueci do Quando A Neve Derrete. Mas sabem como é, eu ando por uma fase turbulenta. Eu me mudei, fiquei sem internet por uns bons meses, tive maiores preocupações na escola e meio que me perdi dentro de mim mesma. 

Esse ano que está por vir promete um ritmo de postagens tão lento quanto desse ano, já que ano que vem estarei indo para o terceiro e último ano do Ensino Médio. Gii estará ralando para se sair bem na escola e tirar boas notas no vestibular, além de que tem que estudar para a prova específica do meu curso. É bem triste ter que crescer e deixar para trás muitas que você ama.

Quando A Neve Derrete não será esquecido, pessoal. Ainda não é o fim. Temos muita coisa para fazer ano que vem, mas sempre terá um espaço de tempo para vocês, leitores. Vou tentar voltar a trabalhar em Apenas Juntos. Então hoje comemoremos nossos dois anos juntos. Obrigada a todos que me apoiaram. Espero que estejam aqui para continuar me ajudando em tudo que preciso. 

Até o próximo post! (:

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Do you believe in soulmate?

Um renomado autor, uma vez, escreveu: "A alma da gente, como sabes, é uma casa assim disposta, não raro com janelas para todos os lados, muita luz e ar puro. Também há as fechadas e escuras, sem janelas ou com poucas e gradeadas, à semelhança de conventos e prisões. Outroassim, capelas e bazares, simples alpendres ou paços suntuosos."

Finalmente livre das responsabilidades do PAS, voltei a ler Dom Casmurro. Por mim, sem nenhuma obrigação. Assim, pude refletir profundamente sobre as passagens do livro. Essa acima, particularmente, me chamou a atenção. Comecei a refletir que tipo de casa minha alma seria.

Talvez tenha chegado a uma conclusão. A casa que representaria minha alma teria uma fachada bonita e chamativa. Branca com a porta principal aberta, convidando a entrar todos que passarem por perto.

Ao entrar, as pessoas se encontram numa grande sala bem iluminada pelas janelas do cômodo. Tudo à mostra. Engana fácil os desavisados. Eles se contentam com o pouco que vêem, já que foi tão fácil entrar naquela casa.

O que a maioria não percebe é que há outras salas, um labirinto de cômodos. Mas estão todas muito bem trancadas e parece ser impossível encontrar suas respectivas chaves. 

Eles não sabem que todas as chaves se encontram no grande cômodo com janelas, a que todos têm acesso. E, por algum motivo, ninguém as percebe. Ninguém consegue encontrar as sutis pistas que deixo para entrar profundamente na minha casa chamada "alma".

Ou talvez ninguém tenha tido coragem de abrir uma porta ou enfrentar o labirinto.

Porém ele... Tentou, se interessou. Foi o primeiro que se preocupou com as salas mais escondidas. A escuridão de certos quartos talvez o tenha engolido.


(02-12-11)

A garota sem sentimentos.

Estar sempre sorrindo não é tão difícil. Eu tenho facilidade em pegar meus problemas e minhas tristezas e guardá-los. Lá no fundo, numa caixa bem longe do olhar dos outros. Eu consigo enganar a todos, e talvez, principalmente a mim mesma.

Eles pensam que não há sentimentos, além de alegria. Está tudo preenchido com uma euforia demente. São tantos que acham que, por não ter sentimentos, podem usar e machucar... Ela é forte. Não sente nada.

Pois estão errados. O sentimento que sempre prevalece é o medo. Medo de ser rejeitada, do olhar de cima. As pessoas podem se afastar ao descobrirem a verdade.

Não... É mais fácil esconder. Ninguém precisa saber que a garota sem sentimentos chora todas as noites
na cama, escondida de tudo e de todos.

(23-11-11)