domingo, 23 de maio de 2010

Capítulo 5 - ~* Apenas Juntos *~

Capítulo 5 - A Dama e o Vagabundo.

Eu estava andando calmamente pelo corredor da faculdade, indo em direção a entrada principal para me encontrar com o Kakyou, quando de repente, sinto um peso indesejável nas minhas costas.

-Olá, <....>-chan! - exclamou Aiko.

-Bom dia para você também, Aiko... - falei tentando aguentar seu peso sobre minhas costas.

-Assim você vai esmagá-la, Aiko. - falou uma voz de homem.

Era Yuki. Ele era um rapaz alto e esguio. Tinha longos cabelos negros, presos firmes em um rabo-de-cavalo, e olhos da mesma cor escura. Na verdade, seu nome era Nayukizhi, porém, por conveniência, eu o chamava de Yuki. Eu o conheço desde os 7 anos de idade, porém durante o colegial perdemos o contato. Surpreendi-me quando o reencontrei na faculdade. Ele é realmente muito gentil e muito sério às vezes.

Aiko saiu de cima de mim, emburrada.

-Estraga-prazeres! - sibilou.

Yuki deu um meio-sorriso e levantou uma sombrancelha.

- Desculpe-me por ser um chato e não querer que <....>-san fique com problemas na coluna.

- Enfim... - ela virou o rosto, olhando para mim. - você vai ter que almoçar com o bonitão de novo hoje?

- Sim. - respondi.

Na semana passada, durante uma caminhada, eu acabei caindo numa lagoa, graças ao cansaço e pouca alimentação. Por isso, nesta semana, fui obrigada a almoçar todos os dias com Kakyou, um rapaz que conheci recentemente, para ele ter certeza de que me alimentarei bem e não terei mais riscos de desmaiar.

- Acho que ele está exagerando, não? - falou Aiko.

-Exagerando? Ela desmaiou! Ela poderia ter se afogado! - disse Yuki, com um tom sério na voz.

- Sim! Eu sei disso! Mas ele não precisava agir como se ela fosse uma criança indefesa. Tenho certeza que ela aprendeu a lição.

Quando eu percebi havia se formado uma briga diante de mim, tendo eu como o motivo. Hesitei em atrapalhar, afinal quando o Yuki fica bravo não é agradável e quando a Aiko fica brava... nem imaginem. Mesmo assim, interrompi a discussão.

- Eu realmente aprendi a lição e eu não me importo de ter que almoçar com o Kakyou. - abaixo a cabeça, envergonhada. - Afinal vou poder ver ele mais vezes.

Depois de completar a frase, olhei para Aiko e ela estava olhando para Yuki, levemente corada. Quando olhei para ele, vi ele olhando para o lado, parecendo chateado. Estranhei a reação dos dois, mas preferi não comentar. Continuamos andando pelo corredor, em direção a entrada principal.

Logo que avistamos a entrada, vi Kakyou ao longe com as mãos nos bolsos do sobretudo preto que usava. Sorri ao avistá-lo, ele estava com aquele olhar vago de sempre. Parecia estar sempre pensando em algo sério, que talvez eu nunca saiba o que. Sorri triste, sem perceber.Nós nos aproximamos dele e Aiko falou alto:

- E aí, bonitão? De volta aqui?

- Muito bom dia, Aiko-san. Sim, afinal ainda tenho que ficar de olho na <....>.

Olhei com raiva para ele. Ele sorriu, satisfeito. Aiko começou a rir e falou:

- Você tem um novo pai, bebê <....>-chan!

Kakyou riu e falou em seguida:

- Acho que eu não seria um bom pai... - após completar a frase fez uma expressão que não consegui identificar.

Achei melhor mudar de assunto, já que ele parecia estar desconfortável:

- Vamos logo almoçar? - sorri.

- Claro. - respondeu. - Até mais, Aiko-san, Nayukizhi-san.

Começamos a andar no sentido contrário ao deles. Após alguns segundos de silêncio, falei rindo:

- Que estranho. Você chama o Yuki pelo nome inteiro. Geralmente, as pessoas o chamam apenas de Nayuki ou Yuki, mas nunca Nayukizhi. Eu mesma sempre tive preguiça de pronunciar tudo isso, desde pequena.

- É. Isso é normal para mim. Às vezes sou muito formal. - falou sem prestar muita atenção.

Ele estava pensativo novamente. Isto deixava-me frustrada. Ele sempre estava preocupado com alguma coisa e eu sempre me lamentava por nunca poder ajudá-lo. Tentei continuar conversando para distrai-lo.

- Você também é bem formal com a Aiko. Mas, na realidade, você não é nem um pouco formal comigo. - falei pensativa.

Ele olhou para mim com um daqueles seus sorrisos marotos que eu tanto odeio e falou:

- Quem sabe um dia você saiba o motivo.

Olhei espantada para ele e ele sorriu, mais do que satisfeito com a minha reação. Continuamos andando em silêncio e comecei a pensar comigo mesma. Aparentemente, o Kakyou não havia carro. Não sabia nem se ele tinha carteira de motorista. O que seria estranho um homem da idade dele não ter uma. Eu sei que também já tenho idade para ter uma, mas eu sou tão desastrada que não sei se os motoristas do mundo me aguentariam usando um carro. Por acaso, ele é cinco anos mais velho que eu. Eu tenho 21 anos, e ele 26.

Quando eu percebi já estávamos em frente a um restaurante italiano. No dia anterior, eu havia comentado com ele que gostaria de saber como os italiano usavam o macarrão, já que só comi os feitos na culinária japonesa e chinesa. Sorri ao ver que ele me trouxe aqui por isso.

- Vamos entrar! - ele falou, sorrindo para mim, mesmo ainda estando um pouco sério.

Sentamos em uma mesa para dois e observei o interior do restaurante. Ele era pequeno e aconchegante, com uma decoração bem suave no estilo ocidental, típico da Itália. Na realidade, podia se dizer que era um restaurante bem romântico. Fiquei um pouco envergonhada, mas fiz um esforço para não deixar minha face corada.

Logo apareceu o garçom que tinha um daqueles bigodes retorcidos. Kakyou fez seu pedido e permaneceu olhando para mim, como se estivesse esperando por alguma reação minha que deveria vir. Ele riu, como sempre. Até parece que ele já me conhecia a anos e já estava completamente acostumado ao meu jeito distraído de ser. Após eu ter acordado do meu leve devaneio, fiz questão de pedir para ele escolher para mim. Eu realmente não sabia de nada sobre culinária italiana. Ele escolheu para mim um espaguete.

O garçom se retirou e eu comecei a rir baixo. Kakyou sorriu levemente e falou logo em seguida:

- É muito feio ficar encarando os bigodes dos outros, sabia? - então riu.

Ficamos conversando durante um tempo e ele me explicou que eu poderia estranhar o molho do espaguete, já que não estou acostumada com temperos mais fortes usados para esse tipo de comida. Logo a comida chegou. Agradecemos pela comida e começamos a comer. Foi realmente divertido e, na realidade, o tempero era ótimo. O único problema era ter que usar talheres. Eu estava parecendo uma criança, e, por muitas vezes, passamos minutos rindo de mim mesma.

Eu me sentia dentro de um filme da Disney que eu via quando criança: A Dama e o Vagabundo. Só que não éramos cachorros e eu não tinha fugido de uma parente chata dos meus donos. E, com certeza, o Kakyou não era como o Vagabundo. Para falar a verdade, até parecia que os papéis tinha sido trocados. Quando acabamos, agradecemos novamente pela comida e o garçom voltou, com a conta.

- O belo casal apreciou o jantar? - falou sorrindo.

- N-não somos um... um... - comecei a falar.

- Sim, a comida estava excelente. - falou Kakyou, cortando a minha explicação.

Logo em seguida, ele pegou a carteira para pagar. Tentei impedi-lo com a mão.

- Não, pode deixar que hoje eu pago.

Ele sorriu vagamente e falou:

- Eu estou te forçando a almoçar comigo todos esses dias. O mínimo que posso fazer é eu mesmo pagar a conta.

- Mas...

- <....> - ele pronunciou meu nome e me olhou sério.

- Tá bom...

Eu realmente tinha muito medo dele nessas horas. Ele sorriu novamente e tenho certeza que vi uma aura negra atrás dele. Ele pagou ao garçom e saímos do restaurante. Fomos andando até minha casa. Fiquei feliz, já que ele parecia mais alegre.

Chegamos na frente da minha casa e nos despedimos. Antes dele se virar, abracei-o. Ele pareceu surpreso com minha ação. Então falei:

- Que bom que você está melhor.

Levantei meu rosto para vê-lo e ele já não estava tão surpreso. Estava sorrindo docemente. Soltei-o e disse:

- Até amanhã!

- Claro. - ele falou e tomou seu caminho.

Fiquei observando-o até perdê-lo de vista. Então entrei em casa. A primeira coisa que senti após fechar a porta foi um grande peso em cima de mim, fazendo com que eu caísse no chão.

- AHHHHH! VOCÊ ABRAÇOU ELE. QUE LINDO! EU VI TUDINHO PELO MEU QUERIDO OLHO MÁGICO!

- AIKOOOO! QUANTAS VEZES EU JÁ PEDI PARA VOCÊ USAR A CHAVE DE EMERGÊNCIA APENAS PARA EMERGÊNCIAS? E PARE DE ESPIONAR AS PESSOAS PELO OLHO MÁGICO! AH, E SAI DE CIMA DE MIM! AIKO!

~*

Lá se foi mais um capítulo. Muito obrigada por lerem e cumpri minha promessa de não demorar. Obrigada a todos que me apoiaram para terminar esse capítulo. E prestem bastante atenção nele, há algumas pistas para futuros conflitos. Além disso, uma observação: Como já deu para perceber, todos os personagens têm nomes japoneses, assim como a <....> terá, e se supõe que a história se passa no Japão. Sim, ela realmente se passa no Japão, mas não em Tóquio. Na verdade, é um lugar fictício, mas, tenham certeza que é no Japão. Talvez perto de Hokkaido. Enfim, é isso. 

Ah sim...  A DONA KYON-SAN POSTOU! *---*

Até o próximo post! (: 

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Fruits Basket (Parte 3)

CUIDADO! Este post pode conter spoilers.











Souma Ayame
O irmão mais velho de Yuki, esse é o possuído pelo espírito da serpente. Acredita que sua aura é nobre e por tal motivo, trata os outros como seus próprios súditos, com poucas exceções. É o terceiro integrante do Trio Amigos do Peito e, com certeza, o mais incompreensível. Tem uma grande admiração por Hatori, já que este tem várias qualidades que ele mesmo gostaria de ter. Dentro de seu coração há um grande peso pelos seus erros do passado, quando mais novo Ayame era mais esnobe do que atualmente e acabava por rejeitar todos aqueles que lhe pediam ajuda ou até demonstrassem um grande sentimento por ele, a não ser seus amigos. Houve um caso em que ele rejeitou o próprio irmão e mais tarde acaba se arrependendo após descobrir o que é o medo de ser rejeitado pela pessoa que ama, no seu caso Mine, sua ajudante na loja. Desde então, Ayame tenta se aproximar do seu irmão que o ignora, e pouco a pouco ele consegue diminuir o abismo que formou entre eles.
"Viver é algo curioso. O passar dos anos traz compreensão e nos ensina muitas coisas. Coisas que eu nunca entenderia quando jovem. "Eu deveria ter feito aquilo.", "Eu deveria ter dito isso". Assim, dessa maneira, começo a entender as coisas. Talvez seja mais apropriado encarar isso como uma confissão. Ao me confessar, eu tento apagar minhas memórias. Tento esquecer um passado que pecava por ignorância. Talvez, talvez seja por isso que os adultos sejam chamados de hipócritas." Souma Ayame 










Souma Kisa
Uma tímida garota que é possuída pelo espírito do tigre. Na escola, costumava sofrer de bullying, graças ao seu cabelo e seus olhos que possuem uma cor peculiar. Assim, Kisa se tornou uma menina muito deprimida que acabou optando por manter-se quieta e não falar mais, além disso, começou a faltar a escola e fugiu de casa. Hatsuharu (já citado), seu primo, caminhou pela cidade em busca da pobre menina e a achou em sua forma animal, durante uma chuva. Socorreu-a e levou-a para a casa de Shigure. Lá, a tigre conheceu Tohru que, mesmo sem conhecê-la, ajudou com suas palavras doces. Durante um tempo, Kisa permaneceu hospedada na casa de Shigure para, quem sabe, superar seu pequeno trauma. Graças a Tohru, ela decidiu voltar para sua própria casa e escola, mesmo não estando totalmente curada. E, gradativamente, ela começa a se dar bem com os alunos da sua classe e ficando mais forte. 

"Não é que, de repente, eu tenha me tornado alguém mais forte ou que algo tenha realmente
mudado.

 Meu corpo ainda treme. Mas, mesmo assim, temos que dar o primeiro passo. Superar nossas 
fraquezas. O mais importante é a vontade de seguir em frente." Souma Kisa










Souma Hiro 
Apesar de ser possuído por um animal tão meigo, o possuído do carneiro é um garotinho de língua afiada. Hiro é secretamente apaixonado por Kisa e ao revelar esse amor para Akito, o patriarca, teve que sofrer as consequências. Graças a isso, Akito machucou Kisa seriamente. Hiro se sentiu tão culpado pelo estado da garota que decidiu se afastar, sem lhe revelar nenhum motivo. Porém ele se afastou dela no mesmo tempo em que ela começou a sofrer de bullying na escola, o que fez piorar o estado da possuída. Quando finalmente ela melhorou desse trauma, ele voltou a falar com ela e teve o prazer de conhecer a Tohru. Porém, como ambas era muito apegadas uma a outra, ele formou um grande ciúme e começou a tratar Tohru não muito educadamente. Mas, com o tempo, aprendeu a controlar seu ciúme, a se controlar, e a controlar sua língua.
"Sei disso. Sei que só tenho língua afiada. Tento sempre bancar o esperto. Ainda mais tendo ciúmes dessa garota que apareceu de repente. Que coisa patética. Dá até vontade de me matar. Não quero ser tão infantil. Não quero ser uma criança tão inútil. Eu quero ser um "verdadeiro adulto". " Souma Hiro









Souma Ritsu
Possuído pelo espírito do macaco. Chamado pela maioria de Ri-chan. Ele (sim, ele) é um tímido que vive se desculpando para com todos. Chega até ser um grande incômodo para as pessoas ao redor. Ele possui um rosto bastante feminino, tanto quanto o do Yuki, e também usa roupas femininas. Por tal motivo, muitas vezes é confundido com uma mulher. Sua desculpa é que se sente acuado em roupas masculinas. Seu maior desejo é se tornar um homem tão confiante quanto Ayame. E sua melhor amiga é Kagura.
"Será que eu vou encontrar? Tomara que alguém como eu também possa encontrar. Eu também... Se pudesse escolher, eu gostaria de viver por alguém. Eu seria muito feliz se eu pudesse dizer que vivo por alguém. E se alguém, mesmo que desconhecido, estiver esperando por estas palavras... Eu espero poder encontrá-lo. Um dia... Se alguém estiver me esperando." Souma Ritsu









Souma Izusu
Também chamada de Rin. Izusu é uma garota muito teimosa e orgulhosa. É possuída pelo espírito do cavalo, o que explica sua longas madeixas. Ela é uma das personagens que mais sofreu na história. Quando pequena, era muito amada por seus pais. Ou assim aparentava. Após uma pequena e inocente pergunta, seus pais mostraram suas verdadeiras faces. Desde então, ela foi rejeitada por eles. Até que acabou ficando doente e parou no hospital. Para eles, aquilo foi a "gota d'água" e decidiram expulsá-la de casa. Então foi decidido que ela iria morar na casa de Kagura. Apesar dos vários anos em que viveu lá, nunca conseguiu se dar bem com nenhuma das pessoas da família, muito menos a Kagura. A única pessoa com que se dava bem realmente era Haru, a pessoa por quem se apaixonaria. Eles namoraram por um breve tempo, até que Akito descobriu e a machucou seriamente. Depois do "acidente", Rin decidiu terminar com Haru para conceder liberdade para ele, tanto dela e de Akito. Então começou a procurar por uma forma de acabar com a maldição.
"Eu senti um impulso estranho, algo que parecia queimar por dentro. Era por isso, por isso não queria me aproximar dela. Ela tem um dom. De alguma forma, ela arranca "isso" da gente. Assim como naquele dia, naquele dia fiquei com vontade de chorar. De ir correndo ao encontro dela, de deitar minha cabeça em seu colo, confiar minhas fraquezas. Assim como uma criança que corre querendo a proteção da mãe. Queria descarregar cada lamentação dessa minha alma fraca nela.Quem sabe, assim, eu seria perdoada. Quem sabe eu seria aceita. Mas isso seria demais. Isso seria demais. Isso seria injusto demais. Este é o fardo das pessoas boas. Elas carregam as ruins, alimentam os parasitas, parasitas como eu. Não posso mais envolvê-los. Posso me virar sozinha. Eu preciso continuar buscando sozinha. Não preciso ser compreendida. É até melhor que me detestem. Não me importo em ser solitária. Eu jurei! Jurei pra mim mesma que nunca mais iria chorar! Me desculpe. Eu não consigo... Como sou fraca, incapaz de reagir. Me perdoe...Não consigo me reerguer com as minhas próprias forças. Preciso de alguém para me apoiar." Souma Izusu










Souma Kureno
Um rapaz enigmático. Este é o possuído pelo galo, ou aparentemente. Na realidade, ele perdeu sua maldição quando era bem jovem. Porém decidiu não se tornar realmente "livre". Ele optou  por ficar ao lado de Akito, mesmo não sendo mais obrigado. Fez essa escolha por causa da grande tristeza que Akito demonstrou na frente dele, ele desejou apenas que ele voltasse a sorrir. Muitos anos depois, numa noite, se encontrou com o amor de sua vida: Uotani Arisa. Porém sabia que nunca poderia estar ao lado dela.  E simplesmente tentou esquecê-la. Devido ao destino, ele se encontrou com ela novamente. Depois de uma separação inexplicável, Tohru descobre que eles se conheciam e que tinha "algo" entre eles. Então foi atrás de Kureno para perguntar sobre isso. E acabou descobrindo mais tarde toda a história por trás de seus motivos e que ele não era mais um possuído. E o quanto ele sofria por saber que não poderia estar ao lado de Arisa.
"Nunca mais quero ver a Arisa. Não importa o que aconteça ou deixe de acontecer. Meu lugar é ao lado de Akito. Duas vezes... Só me encontrei com ela duas vezes. Conversei muito pouco com a Arisa. Foi algo banal... curto demais para ser especial. Se eu nunca mais encontrá-la, o tempo cuidará do resto. Uma lembrança qualquer que se apagará. Como todas as outras. Foi isso o que houve entre nós. Eu quero vê-la... Quero muito vê-la novamente. Duas vezes... Foram apenas duas vezes, mas... foi algo único. Foi a primeira vez que "eu" me apaixonei me alguém...! Se eu quiser eu posso abraçá-la quantas vezes eu quiser. Não sou mais um possuído. Eu estou livre da maldição que aflige aos outros. Apenas eu. Eu estou completamente livre. Livre para ir aonde eu quiser. E para amar quem eu quiser. Mas é por isso, é exatamente por isso que eu continuo lá. Eu preciso ficar ao lado de Akito...! Eu não consegui. Eu não tive coragem de rejeitar... Para Akito, o enlace entre Deus e os doze signos é tudo na vida. Ninguém seria Deus sem os doze signos da lenda ao lado dele. Por isso, naquele mesmo dia, eu fiz uma promessa. Disse que nunca iria embora. Se fosse para não fazer aquela criança sofrer. Para fazer aquelas lágrimas de dor passarem, eu aceitaria enganar os outros doze, fingiria ser um possuído. Eu faria qualquer coisa para recuperar seu sorriso." Souma Kureno










Souma Akito

Akito é teimoso e, muitas vezes, tirano. Além de ser o patriarca da família, é também o Deus da lenda. O grande motivo de todos os doze temerem e respeitarem cegamente ele. Porém há um segredo por trás de Akito. Na realidade, Akito é uma mulher que é obrigada a se fingir de homem perante todos. Porém há certas pessoas que sabem: os mais velhos do clã, Shigure, Ayame, Hatori e Kureno. O motivo para todo esse segredo é, nada menos, que a própria mãe de Akito, Souma Ren. Ela decidiu, desde o instante que Akito nasceu, que ela seria criada como homem. Na verdade, ela é frágil, fraca, quebradiça, insegura e cheia de medos. Por isso mesmo se tornou tão cruel. Ela acabou se apegando muito à maldição, e assim desejou o imutável. E fez de tudo para conseguir manter todos ao seu lado, até apelando para a crueldade.
"Estou com medo. Não é isso que eu quero. Não é esse mundo que eu quero!! Eu não quero! 
Não  quero um lugar onde ninguém sente falta de mim, onde todos
 são completos estranhos. Um mundo de solidão... Eu não quero um 
mundo como este... Eu não conseguiria 
sobreviver sem a "promessa"! Sem o "enlace"! Ter de viver no meio de estranhos,
 sem a garantia da eternidade... Eu tenho medo. Tenho
medo... Será que serei amado? Quem pode me dar garantias? Não sei se consigo viver. Não vou
conseguir!!! Não rodeado por gente estranha...! Tenho medo... do mundo."
Souma Akito

~*
E aqui está a terceira parte sobre Fruits Basket. Como disse anteriormente, esse post é realmente recheado de spoilers, e dos melhores. >D E desculpe por ter colocado grandes trechos da Rin e do Kureno. Mas é muito difícil explicar seus sentimentos, então coloquei partes do mangá que eles explicam exatamente todo o conflito de cada um. 
Obs.: No Japão, primeiramente vem o sobrenome e depois o nome. Então, por isso, coloquei os sobrenomes antes, como vocês devem ter percebido. Honda Tohru, Honda Kyoko, Souma Yuki, Souma Kyo, etc... 


Até o próximo post!
P.S.: Capítulo 5 de ~* Apenas Juntos *~ sendo produzido. (y)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Capítulo 4 - ~* Apenas Juntos *~

Capítulo 4 - A lagoa.

Passaram-se alguns dias. E, apesar de interiormente eu estar intensamente ansiosa para sábado, eu nem tive tempo para pensar nisso. Afinal, havia uma grande preocupação instalada na minha mente: faculdade. Sim, isso mesmo. Estava realmente muito enrolada com os trabalhos da faculdade, até parecia que eu tinha voltado para o colegial. Em certos dias da semana eu até ficava acordada de madrugada fazendo algum trabalho e graças a isso, no sábado de manhã, eu estava literalmente acabada. Mesmo assim, fui com toda determinação na cara, e com algumas olheiras, diga-se de passagem.

Naquele dia, eu acordei atrasada. Tomei um banho rápido, coloquei a primeira roupa que eu vi e fui correndo para o lugar de encontro. Quando cheguei, ele já estava sentado no banco, esperando pacientemente. Por vários segundos, eu fiquei apenas parada contemplando seu olhar sereno, até que ele sentiu minha presença e virou o rosto. Sorriu para mim e, logo em seguida, posicionou a mão na frente da boca e desviou o olhar de mim. Aproximei-me dele e vi que estava rindo.

-Do que está rindo? - perguntei, confusa.

Ele começou a rir ainda mais e, sem olhar diretamente para mim, apontou para minha cabeça. Estranhei e passei a mão nela e o que eu senti não foi agradável. Droga, eu acidentalmente coloquei o antigo chapéu que herdei da minha avó. Ela era uma senhora muito excêntrica então seus chapéis tinham que ser, no mínimo, espalhafatosos. No caso, este era um grande cor de marrom e possuía várias penas cor-de-rosa. Envergonhada, tirei-o e coloquei na bolsa tentando não amassar as penas.

-Bom dia para você também. - falei com raiva.

Ele riu e olhou para mim.

-Bom...dia. - falou vagamente e colocou o mão sobre meu rosto, com um olhar preocupado. - O que houve?

-Ãhn? Do que está falando agora? - perguntei.

-Dessas olheiras gigantes. Não tem dormido bem?

-É que essa semana foi agitada.

Após eu ter respondido sua pergunta, ele apenas ficou em silêncio olhando para frente com seu olhar sério. Tentei quebrar o gelo:

-Então, o que vamos fazer hoje? - sorri.

Ele balançou a cabeça e não respondeu. Realmente, acho que saber quebrar o gelo não é uma das minhas qualidades. Por vários minutos, fique esperando Kakyou dar algum sinal de vida. Sinceramente, eu só não suspeitaria que ele é um zumbi pois ele não é verde, tem ambos os olhos e não fede que nem os restos da comida da semana passada. Falando nisso, eu deveria tirar aquilo da geladeira. Então, finalmente, ele acordou. Já estava prestes a dar um tapa no rosto dele para acordá-lo. Sempre quis fazer isso. Falei, em seguida:

-Vamos andar um pouco? As pessoas ao nosso redor vão começar a estranhar se continuarmos parados assim. - bocejei logo em seguida.

-Claro. - respondeu e deu um sorriso torto.

Começamos a andar e comecei a refletir: "O comportamento de Kakyou está estranho. Será que eu fiz algo de errado?". Balancei a cabeça para tentar afastar a ideia da cabeça. "Não, isso deve ser apenas a minha imaginação. É só eu agir normalmente.". Enquanto estavámos andando, eu avistei uma lagoa ao longe com baixas árvores a rodeando. Era uma cena realmente linda, ainda mais o fato de a maioria das folhas das árvores estavam caídas, o que dava uma sensação de tranquilidade. Corri em direção a lagoa. E gritei para Kakyou quando alcancei ela:

-Vem cá, Kakyou! Olha que lagoa linda!

Ele continuou caminhando no mesmo ritmo e quando se aproximou olhou seu próprio reflexo na lagoa. Em seguida, olhou a paisagem a nosso redor.

-É, realmente é uma paisagem maravilhosa!

Espreguiçei-me e bocejei. Nesse momento, eu senti uma tontura e tentei dar um passo em direção a Kakyou. Mas eu pisei em falso e, acidentalmente, caí na lagoa. Depois disso, apenas escuridão.

Abri os olhos e o que a primeira coisa que eu vi foi o teto pintado de azul, era o meu quarto. Assustada, levantei meu corpo e vi Kakyou sentado em no pequeno sofá que eu mantinha no quarto. Olhei para mim mesma e vi que estava usando um pijama. Então perguntei:

-O que houve? Como a gente veio parar aqui? E o mais importante... Como eu troquei de roupa?

Por um segundo, ele riu mas depois voltou para sua face severa. Ela realmente era assustadora. Ele abriu a boca, parecia estar prestes a responder minha perguntas, até que alguém abriu a porta de meu quarto sem nem ao menos bater e trazendo uma bandeja com um prato de comida. Era um rosto bem familiar, era minha melhor amiga, Aiko. Ela estuda comigo desde o ginásio e costuma se sentir totalmente à vontade na minha casa, já que nos 365 dias do ano em 364 ela está aqui comigo.

-Você caiu na lagoa do parque e esse bonitão aí te salvou. Ele te trouxe até aqui. E o encontrei na porta da sua casa remexendo na sua bolsa à procura da chave. O que era um pouco difícil, já que estava segurando uma mala de 60 quilos, você. Ele me explicou rapidamente o que tinha aconteceu e eu o ajudei a te trazer para dentro. Ah, não precisa se preocupar. Não foi ele que te trocou, fui eu mesma. - então, sorriu.

Continuei quieta, olhando para a bandeja que ela tinha acabado de colocar sobre meu colo.

-Você precisa comer! Vamos! Pode começar a atacar! - falou ela, com raiva.

-Okay, okay. Eu como. - e comecei a comer.

Então Kakyou fala:

-Aiko-san, a senhorita poderia nos deixar a sós por um momento?

Ela se retirou do quarto sem nem ao menos responder. Durante os poucos minutos em que ela esteve falando comigo, ele permaneceu me observando com seu olhar severo e eu temia a conversa que se desenrolaria agora.

-Desculpe-me por você ter que me trazer até aqui no colo. - falei, tentando quebrar o gelo novamente.

-Não é essa a questão. - ele respondeu com um tom frio.

Eu realmente deveria parar de tentar quebrar o gelo, eu sou um desastre nisso. Na próxima, vou deixar tudo gelar mesmo até nós virarmos dois picolés.

-Você não está dormindo bem e ainda por cima, também não está se alimentando bem.

Assustei-me no momento. Pelas minhas olheiras, era claro que eu não estava dormindo bem, mas como ele sabia que eu também não estava me alimentando. Olhei para a porta com raiva. Sim, Aiko deve ter lhe contado.

-É que... - comecei a me explicar.

-Pare, <....>. Nem quero ouvir. Não há nenhuma explicação para isso. Nunca mais faça isso! E se tivesse acontecido algo pior e eu não estivesse por perto. O que poderia ter acontecido com você?

Ele realmente parecia estar com muita raiva. Abaixei a cabeça e respondi:

- Desculpe-me. - algumas lágrimas se acumularam dentro dos meus olhos mas não deixei nenhuma cair. Ele parecia estar até magoado com tudo isso.

-Apenas não faça mais isso, okay? - então colocou a mão sobre minha cabeça. Quando eu levantei meu rosto, ele já estava de costas caminhando até a porta. - Por enquanto, eu já vou. Mas para ter certeza de que você vai se alimentar bem, todos os dias dessa semana você irá almoçar comigo. Aiko-san me passou seu telfone. Te ligo depois para combinar tudo.

Logo após falar isso, saiu do quarto. Fiquei olhando surpreendida para a porta. A ideia de poder vê-lo por uma semana inteira me deixou tão alegre que até me esqueci de terminar a sopa. Então entra Aiko com seu rosto imparcial e gritando:

-COMA LOGO ISSO! VOCÊ TEM QUE CRESCER BEM FOORTE!

Sorri e continuei comendo. Ela se aproxima e senta-se na ponta da cama ao meu lado.

-Ele parece ser um cara muito legal. - falou.

-É...

~*

Ufaaa, eu finalmente consegui. Para todos os que estavam esperando, aqui está o quarto capítulo de ~* Apenas Juntos *~. Acho que ficou um pouco grandinho, mas é apenas um bônus para os meses que não tiveram nenhum. Esse capítulo é dedicado a Gabriela, que hoje na escola chegou em mim toda tímida perguntando: "E o quarto capítulo?", e ao Magi que mandou vários comentários e ficou pedindo o quarto capítulo. Espero que se divirtam com esse novo capítulo. Acho que agora com esse novo capítulo, posso ter várias ideias sobre novos capítulos, então acho que não demorará tanto para o próximo.

Obrigada por lerem e visitarem o "Quando a neve derrete...". 
Até o próximo post! (: