quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O pequeno cogumelo.

Era uma vez um pequeno cogumelo. Como qualquer outro de sua espécie, ele vivia em lugares escuros, e sua morada em especial era em baixo de um tronco velho. Seus dias eram como o de qualquer cogumelo, possuía amigos como qualquer outro cogumelo, ou seja: ele não tinha nada de especial. Ele estava satisfeito com sua vidinha: uma vida comum.

Mas um belo dia, ele resolveu variar. Ao invés de dormir cedo como qualquer outro cogumelo, ele ficou acordado, apenas para olhar para a lua. Ele conseguiu, mas teve uma grande surpresa: a lua era mais bonita do que ele poderia sequer imaginar. Ficou simplesmente encantado, ainda mais quando viu que a lua olhava para ele. A lua sabia que ele existia!

Tomou coragem e resolveu conversar com ela. Conversaram bastante, riram bastante. Puxa, como a lua era legal!

Mas já estava quase amanhecendo, e a lua deveria ir. O cogumelo apenas sorriu e se despediu da lua. Durante todo o dia, o cogumelo só pensava em o que falar quando anoitecesse novamente, e sua amada lua aparecesse para ele e sorrisse.

Os dias se passaram, e o cogumelo e a lua se tornaram realmente bons amigos. Conversavam, riam, não percebiam o tempo passar, e logo logo a lua sumia novamente, abrindo espaço para o sol.

O cogumelo começou a ficar com medo: que dor era aquela no coração? Porque só a sentia quando não estava falando com a lua? Ele ficou com medo de que fosse amor. Como poderia um cogumelo se apaixonar pela lua?

Mas com o passar do tempo, ele percebeu que não deveria ter medo de seus sentimentos. Amor é algo tão maravilhoso!

Porque escondê-lo da sua amada lua? O corajoso cogumelo tomou coragem e se declarou para a lua.

Seu espanto foi tamanho quando descobriu que a lua se sentia da mesma forma por ele. Chorou de felicidade, e não conseguia parar de sorrir!

Os dias foram se passando, e o amor do cogumelo apenas aumentava. Só de ver a lua sorrir, o cogumelo já se sentia satisfeito.

Mas a lua não...

Com o passar do tempo, tanto a lua quanto o cogumelo começaram a sofrer. O pequeno cogumelo queria abraçar a lua, queria beijá-la, poder olhá-la nos olhos... mas não podia. Ele estava pregado naquele chão. Precisaria de muita coragem para se tornar uma estrela e ficar ao lado da lua o tempo todo, mas o cogumelo era medroso.

A lua, igualmente. Quem levaria a noite para o outro lado do mundo, se não ela? E para ela, seria impossível desistir de ser uma lua para ficar do lado do cogumelo.

Dias se passaram...

O cogumelo, por mais que amasse a lua, percebeu que os sentimentos da própria por ele estavam se enfraquecendo.

E ele compreendia. Compreendia muito bem. Ele não tinha medo que a lua dissesse que não o amava mais: ele tinha medo que a lua se apaixonasse pela grandeza do sol, ou pelo brilho das estrelas. Afinal, ele era só mais um cogumelo feio e normal. A lua estava rodeada de coisas grandiosas! O que ela iria querer com um pequeno pedaço de fungo?

Então, veio o dia no qual a lua confirmou as suspeitas do cogumelo: eles voltaram a ser somente amigos.

Mas o cogumelo sofria. Não conseguia ver a lua apenas como uma amiga! A lua era muito mais do que isso para ele...

Ele a amava mais do que qualquer outra coisa no mundo. Mas não adiantava... o pequeno cogumelo não sabia se expressar muito bem, se envergonhava com facilidade, e o mais importante: não poderia ficar do lado da lua todas as horas do dia.

Após dias e dias deprimidos, o pequeno cogumelo decidiu parar de falar com a lua, para tentar esquecê-la. Ele não conseguiria voltar a ser amigo dela... doía demais!

Mas ele simplesmente não conseguia. Acordava no meio da noite para dar uma espiada na lua, seus pensamentos sempre paravam nela, não importa a hora do dia... já chega. Ele decidiu que não deveria reprender seus sentimentos.

Um dia, ficou acordado novamente, e falou para a lua de seus sentimentos:

"Eu não desisti! Vou provar para você que eu mudei. Eu ainda a amo mais do que tudo, e não quero ter que fingir que não sinto isso por você. Irei fazer você se apaixonar por mim novamente. Sei que não tenho atrativos, sei que sou feio, que sou normal... mas irei tentar! Não vou desistir de ter você ao meu lado novamente!"

E até hoje, o pequeno cogumelo se esforça para recuperar o amor da lua. Apesar de ser extremamente atrapalhado, ele não perde as esperanças: poder amar a lua novamente é tudo que importa pra ele. Enquanto ele estiver lutando pela chegada do dia onde poderá amar a lua, ele pode fazer tudo. O pequeno cogumelo apenas espera que a lua lhe dê outra chance, assim ele irá se tornar uma estrela sem medo algum, e irá amar a lua com todas as suas forças.

Mas... E o que aconteceu depois?
O cogumelo continuava, determinado, lutando para conquistar sua amada lua. Era sem jeito, esquecido e muitas vezes não demonstrava o que realmente queria, mas algo inegável era seu esforço.

O tempo passou. E passou...

O cogumelo estava cansado. Amava a lua com todas as suas forças, estava sempre ali olhando por ela, qualquer favor que ela lhe pedir era uma ordem, se ela estava triste era o cogumelo que a consolava... mas se deu conta de que era realmente um bom amigo.

Foi como um tiro em seu peito, e o pobre cogumelo passou dias depimidos. Seus amigos o consolavam mas nada levantava seu ânimo. Foi então que ele parou e pensou "o único jeito é um dos lados abrir mão de sua situação atual. E eu acho que eu que terei que abrir mão da minha, terei que ser amigo da lua e fingir que não a amo, até me apaixonar por outra pessoa".

Mas não era tão fácil assim. Seu coração pertencia somente à lua. Amar outra pessoa para ele era impossível! Mas deveria tentar, pelo bem de sua amada...

O pequeno cogumelo, sem jeito, ficou acordado até tarde novamente, para falar com sua amada lua. Por coencidência, a lua queria falar com ele também. Por não ter coragem o suficiente para falar, o cogumelo permitiu que a lua falasse primeiro.

"Eu te amo".

"O que?" o cogumelo pensou. Ele pensou estar sonhando. Um sonho muito bom por sinal.

Mas não era sonho algum. A lua estava apaixonada novamente pelo pequeno pedaço de fungo, e o pediu em namoro.

Na verdade, há um bom tempo a lua andava confusa sobre seus sentimentos. Não sabia ao certo se não gostava do cogumelo, se gostava do sol... talvez as estrelas? Mas a imagem do pequeno fungo sempre lhe voltava a mente, e teve então certeza de seus sentimentos.

Este foi o dia mais feliz da vida do cogumelo. Sentiu sua energia voltar para seu corpo, seu sorriso se abrir e se fixar ali e a única vontade que sentia era de estar com a lua.

Hoje, não é mais possível encontrar o pequeno cogumelo em baixo do tronco. Seu amor fez com que ele criasse coragem.

Hoje, ele é uma pequena estrela. Há relatos de que esta estrela nunca se separa da lua, está sempre ali próxima à ela.

Dizem também que eles estão completamente apaixonados um pelo outro, e que vão continuar assim pela eternidade.
 
----------------------------------------------------------------------------------------------------
 
Conto por Ana Luiza (vulgo Anya, a alface). Adorei essa história e esse cogumelo me lembra alguém muito especial para mim.
 
Até o próximo post! (:

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1

Dia 19 de novembro de 2010
Por muitos, o dia mais esperado do ano. Esse foi o dia em que estreou Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1, deixando muitas pessoas pelo mundo angustiadas a comprarem ingressos com antecedência e alguns fãs alucinados retirarem do báu seus cosplays guardados e usá-los mais uma vez, uma penúltima vez. Relembrando anos e anos que se passaram, enquanto acompanhavam as aventuras do bruxinho. E as expectativas eram muitas. Todos acreditavam que o filme referente ao último livro poderia compensar os dois anteriores e restaurasse o clima que Harry Potter sempre nos trouxe durante mais de 10 anos.

Os ingressos... Esgotados. As filas... Gigantes. Gritos... Constantes. Rostos chorando após a sessão... Muitos.

Fui ver a  primeira parte de Harry Potter e as Relíquias da Morte exatamente no dia 19 de novembro. Comprei o ingresso na hora e fui obrigada a ficar na primeira fileira, ou seja, obrigada a sair com torcicolo. Foi mais do que eu esperava, admito. Após as, na minha opinião, tragédias que foram a Ordem da Fênix e o Enigma do Príncipe, não tinha muitas esperanças para o sétimo. Porém superou todos os meus receios em relação a isso.

Em relação aos dois filmes anteriores, o sétimo foi muito mais fiel ao livro. E, graças, a divisão em partes pôde ser incluído mais fatos e detalhes expressos no livro. Os efeitos visuais e sonoros foram bem feitos e, várias vezes, pulei de susto por causa deles. Além de ter chorado muito com a morte do Dobby (SPOILO MESMO). A Mansão dos Malfoy e o quarto do Sirius fora exatamente como eu imaginei. Fiquei até boba de ver o quanto ficou igual. Gostaria que tivesse aparecido a carta da Lílian... Que pena.

Aqui está minha opinião sobre Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1.


Até o próximo post! (: